Sou feliz.
Hoje sinto os dias de uma forma mais intensa. O dia mudou. Mudou porque mudei. O dia já não é uma parte da noite, a noite é um fragmento do dia. Talvez nunca tivesse visto a claridade que o sol envia à Terra como vejo hoje, como a sinto dentro de mim. Os caminhos traçam a nossa vida. Algo interceptou o meu no momento exacto. Como se um vidro bloqueasse o meu caminho e a minha vida continuasse. E eu sempre a vê-la, sem poder fazer nada, sem poder mexer as peças do jogo. E, ali, estática a ver a vida que nunca desejei, embebida na noite sem desejar um novo dia. Não quis ver mais. Não via amor, só dor atrás de dor. Dor, mágoa, sofrimento. Ausência de sorrisos. Um copo sem água, uma flor sem cheiro, um corpo sem vida. Limpei o vidro. Retirei todos os pedaços partidos e reconstruí-o de novo. Se ele caiu ali era porque tinha algo para me dar. Fui tentando dar cor à minha vida. Faltava-me dar cor a mim. Seria um patamar um pouco mais difícil de alcançar. O vidro lá estava, para onde me queria levar? Tinha medo. Medo que o desconhecido me levasse a algo idêntico ao conhecido, onde não queria voltar, onde não queria estar nunca mais. Os dias foram passando, tu foste entrando, deixando marcas pelo caminho, marcas essas que não se foram apagando com a força do vento. Bem pelo contrário, foram ficando cada vez mais marcadas em mim. Entraste e devolveste-me o sorriso que já o sentia perdido e que não sabia onde o encontrar. O vidro foi-se afastando a pouco e pouco, deixando a claridade do dia transpor o meu corpo, tornando o dia mais longo que a noite. Acabou por desaparecer. Deixou-me contigo. Despertei. As variedades de luz que me trouxeste encheram-me de cor. Sei que és o meu vidro, vejo a minha vida em ti, vejo o futuro em nós.
Hoje sinto os dias de uma forma mais intensa. O dia mudou. Mudou porque mudei. O dia já não é uma parte da noite, a noite é um fragmento do dia. Talvez nunca tivesse visto a claridade que o sol envia à Terra como vejo hoje, como a sinto dentro de mim. Os caminhos traçam a nossa vida. Algo interceptou o meu no momento exacto. Como se um vidro bloqueasse o meu caminho e a minha vida continuasse. E eu sempre a vê-la, sem poder fazer nada, sem poder mexer as peças do jogo. E, ali, estática a ver a vida que nunca desejei, embebida na noite sem desejar um novo dia. Não quis ver mais. Não via amor, só dor atrás de dor. Dor, mágoa, sofrimento. Ausência de sorrisos. Um copo sem água, uma flor sem cheiro, um corpo sem vida. Limpei o vidro. Retirei todos os pedaços partidos e reconstruí-o de novo. Se ele caiu ali era porque tinha algo para me dar. Fui tentando dar cor à minha vida. Faltava-me dar cor a mim. Seria um patamar um pouco mais difícil de alcançar. O vidro lá estava, para onde me queria levar? Tinha medo. Medo que o desconhecido me levasse a algo idêntico ao conhecido, onde não queria voltar, onde não queria estar nunca mais. Os dias foram passando, tu foste entrando, deixando marcas pelo caminho, marcas essas que não se foram apagando com a força do vento. Bem pelo contrário, foram ficando cada vez mais marcadas em mim. Entraste e devolveste-me o sorriso que já o sentia perdido e que não sabia onde o encontrar. O vidro foi-se afastando a pouco e pouco, deixando a claridade do dia transpor o meu corpo, tornando o dia mais longo que a noite. Acabou por desaparecer. Deixou-me contigo. Despertei. As variedades de luz que me trouxeste encheram-me de cor. Sei que és o meu vidro, vejo a minha vida em ti, vejo o futuro em nós.
7 comentários:
If life is really as short as they say then why is the night so long? - M. Ward, Chinese Translation.
Se tornei possível que mexesses nas peças do jogo, tornando também a noite mais curta e devolvendo-te as cores... só operei em ti uma pequena parte do que de bom operaste em mim!
Beijos!! Gosto tudo de ti!
Mas que belo. Sorte tem o destinatário!!
sou uma cusca... mas é inevitável "espreitar" o vosso sonho tornado realidade:)
beijinho, fofinha*
:)
[no comments]
beijos
Nao te conheco de lado nenhum mas dps de ler isto fico feliz por ti. Deve ser pela genuinidade das tuas palavras. E por eu proprio estar a passar por uma fase de uma felicidade enorme, tb.
Tenho alguma dificuldade no "sou" do "sou feliz". Normalmente prefiro o "estou". Este é igual no que sinto agora, mas acrescenta-me a responsabilidade de lutar pelo que tenho para que um dia possa dizer: "fui sempre feliz".
~
Bj
És o espelho em que me reflicto. Finalmente, sou feliz.
Muito bonito!
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