25 de outubro de 2007

A Identidade, Milan Kundera

A Identidade "Dizia ela: - Nunca mais tirarei os olhos de ti. Vou olhar para ti ininterruptamente.
E, depois de uma pausa: - Tenho medo quando o meu olho pisca. Medo de que, durante esse segundo em que o meu olhar se apaga, se introduza no teu lugar uma serpente, uma ratazana, outro homem.
Ele tentava erguer-se um pouco para lhe tocar com os lábios.
Ela abanava a cabeça: - Não, só quero olhar para ti.
E depois: - Vou deixar o candeeiro aceso toda a noite. Todas as noites."

4 comentários:

Menphis disse...

que lindo...vou tentar ler mais sobre esse autor.

deep disse...

Já li há uns anos, mas já não me lembrava desta passagem. Acho que me deste uma ideia: vou reler Kundera!

Bom fim-de-semana. :)

Anónimo disse...

Está na lista. Inevitável voltar a Kundera, quando já se leu A insustentável leveza do ser.

Beijos de quem te quer olhar todos os dias.

Anónimo disse...

A Insustentável leveza do ser e A Identidade são duas obras excecionais, toda a filosofia de kundera leva a uma reflexão com que qual leitor se pode identificar. Aconcelho vivamente este autor, que até pode não ser nobel mas é sem duvida um escritor de renome internacional.
Gonçalo Coimbra