10 de março de 2005

Tanto tempo esquecido



Pensamos que conhecemos alguém...

As pedras vão caindo ao de leve servindo como avisos do que pode estar para vir...depois vão magoando de mansinho até que um dia mais tarde...a derrocada.

Quem és tu? Não conheço esses gestos...quem invadiu o teu sorriso? Onde está o olhar que já fazia parte de mim?...não te conheço...não passas de um belo corpo esculpido com traços bem delineados...outros já apagados pelo tempo...mas não te consigo ver...

Se caiste eu levanto-te, se te perdeste eu encontro-te, se fugiste eu corro atrás, agarro-te, abraço-te e envolvo-te com o nosso amor...se quiseste partir...dói...mas eu fico aqui!

Que fizeste à nossa história, apagaste-a? Guardaste-a no baú a sete chaves ou está contigo?...saíste sem dizer nada, muda de sentimentos...foi tão repentino que não deu para te acordar...talvez não quisesses acordar, tivesses outro sonho para viver...

É verdade que já não sou jovem como há 14 anos atrás, mas sou o mesmo que te viu naquela noite que te olhou com certeza do que queria...

Mas hoje, tu mudaste a semântica da palavra amor...e eu já não estou lá, pois não?


[beijo primo]

1 comentário:

paula. disse...

Infelizmente há sentimentos que não conseguem aguentar a passagem do tempo e ainda assim permanecerem intactos, iguais na simplicidade e pureza do início.
Um beijinho e bom fim de semana.

paula.
reciprocidades.blogspot.com