Hoje sou um quarto cinzento e encontro o resto da porta para fora. Não há nada de mal no cinzento, mas há muito para além disso. E é isso que quero: o cinzento e tudo o resto. No mesmo espaço tudo o que for possível. Eu, tu e o que conseguirmos ser um para o outro. A porta aberta, a costa arenosa. O que conseguirmos fazer um pelo outro. Atravessarmos as pontes de cada um nos dias de tempestade, aquecermo-nos. Para ficarmos mais quentes que quentes, daquele calor que o termómetro não mede, aquele calor imensurável ainda que capaz de se sentir. Haverá sempre muito que encontrar fora, mas lá dentro bastará o teu sorriso para não haver apenas o cinzento.
[O blogue tomado de assalto mais uma vez, desculpa. Gosto tudo de ti.]