29 de abril de 2008

No mesmo espaço tudo o que for possível

No mesmo espaço tudo o que for possível
Hoje sou um quarto cinzento e encontro o resto da porta para fora. Não há nada de mal no cinzento, mas há muito para além disso. E é isso que quero: o cinzento e tudo o resto. No mesmo espaço tudo o que for possível. Eu, tu e o que conseguirmos ser um para o outro. A porta aberta, a costa arenosa. O que conseguirmos fazer um pelo outro. Atravessarmos as pontes de cada um nos dias de tempestade, aquecermo-nos. Para ficarmos mais quentes que quentes, daquele calor que o termómetro não mede, aquele calor imensurável ainda que capaz de se sentir. Haverá sempre muito que encontrar fora, mas lá dentro bastará o teu sorriso para não haver apenas o cinzento.



[O blogue tomado de assalto mais uma vez, desculpa. Gosto tudo de ti.]

23 de abril de 2008

Paranormal

Uma comédia com:
qualidade, unicidade, esoterismo, risos, simpatia e muito, mas muito talento numa só cabeça. A descrição é tão rica que as imagens vão-nos surgindo no decorrer das palavras.
Estão naquele espaço acolhedor 16 personagens em palco.

"Comédia hilariante"; "Brilhante, imperdível"; "Tremendo êxito"
Assino por baixo.

22 de abril de 2008

Chocolate

chocolate Como o chocolate pode saber ainda melhor.
Já recebi esta mensagem tua há algum tempo mas não deixei ninguém saboreá-la. Hoje apeteceu-te, de novo. Cedi. O prazo de validade do chocolate está a expirar. As tuas palavras não têm prazo de validade, são eternas.

Agora sim. Qual a primeira letra a saboreares?

10 de abril de 2008

O meu quarto

Estou sentada ao computador no quarto da parede laranja. A janela/porta não me deixa apreciar a noite do terraço. As persianas estão fechadas. Bem perto do azul do puff está o meu cão tricolor num sono tranquilo. A televisão desligada e a cama por abrir. Na estante as aparelhagens, os DVDs, os livros de lazer e profissionais junto das medalhas que tilintam ao mais pequeno toque. As fotografias estão em todos os cantos. Família, amigos e tu. Tu a sorrires. Todas as manhãs o meu primeiro bom dia é teu. No placar de cortiça momentos nossos acompanhados por palavras tuas. Na entrada o quadro colorido que apresenta esta divisão. Duas violas nos tripés e uma no saco pronta para viagens inesperadas. Os CDs expostos dão música a quem os vê. Na secretária os papéis desordenados lutam todos os dias para se organizarem. As pequenas coisas espreitam na procura de um lugar melhor. Os espelhos nas portas do armário dão profundidade enquanto estas deslizam da direita para a esquerda, da esquerda para a direita na hora da escolha da roupa matinal. Cinco peluches continuam aqui. Um girassol espera a nova casa. Um quarto cheio de vida e meia luz basta para o iluminar. O som às 23h12 é Antony and The Johnsons com Bird Gehrl.

9 de abril de 2008

Radiohead - In Rainbows

Faust ArpFaust Arp

Wakey wakey
rise and shine
it's on again, off again, on again
watch me fall
like dominos
in pretty patterns
Fingers in the blackbird pie
i'm tingling tingling tingling
it's what you feel now
what you ought to, what you ought to
reasonable and sensible
dead from the neck up
because im stuffed, stuffed, stuffed
we thought you had it in you
but no, no, no
for no real reason

Squeeze the tubes and empty bottles
take a bow take a bow take a bow
it's what you feel now
what you ought to
what you ought to
an elephant thats in the room is
tumbling tumbling tumbling
in duplicate and duplicate
plastic bags and
duplicate and triplicate
dead from the neck up
guess im stuffed, stuffed, stuffed
we thought you had it in you
but no, no, no
exactly where do you get off
Is enough is enough is enough
I love you but enough is enough, enough
a last stop
There's no real reason

you've got a head full of feathers
you got melted to butter

1 de abril de 2008

Na aula de hoje...

Rumba. Desta não escapas.



Nota - não precisas de mexer assim a anca